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Escola de Enfermagem da Paz

Tabagismo | Um mal para quem não fuma

Por Marcelo Kervalt.

Fumantes passivos podem desenvolver problemas por conta da fumaça inalada.

Para quem não fuma, permanecer perto de um fumante pode ser uma tortura.

O cheiro peculiar do tabaco funciona como um repelente humano em muitos casos e as justificativas dos não fumantes para a rejeição são as mais diversas. Alguns asseguram que a fumaça impregna na roupa, outros dizem sofrer com irritação nos olhos e há também quem cite o comprometimento do bem-estar.

De fato, o fumante passivo também pode ter a saúde prejudicada, como explica o pneumologista e professor da Universidade Feevale, Paulo José Z. Teixeira.

“Esse tipo de fumante tem dez vezes mais chances de ter câncer de pulmão, mais chances de ter doença coronariana quando comparados aos não tabagistas. Por isso a proibição do fumo em locais públicos tem sido implementada, embora pouco fiscalizada.”, comenta.

Ainda não se sabe se existe um limite de fumaça que poderia ser inalada e tolerada sem prejuízos à saúde. Por isso a recomendação tem sido evitar o contato com a mesma. O especialista ressalta que no Brasil, a cada ano, em cada mil mortes ocorridas em áreas urbanas, 25 são devido ao tabagismo passivo em domicílio.

“O fumante passivo é aquele que inala a fumaça liberada no ambiente pelo fumante ativo. O fumante ativo inala a fumaça gerada por ele mesmo, com aproximadamente 4,8 mil substâncias cancerígenas e, obviamente, tem maior chance de desenvolver doenças como câncer, doença cardíacas, cerebrovasculares e outras.” alerta.

O pneumologista enfatiza também que os fumantes tem 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão quando comparado aos não fumantes, quatro vezes mais chances de ter tuberculose, nove vezes mais chances de ter pneumonia, enfisema pulmonar e bronquite crônica. Tem também maios chances de ter câncer de bexiga, esôfago e outros.

“O pior é ser fumante ativo pois inala a fumaça propositadamente que ele próprio gerou e liberou no ambiente. Logo são duas vias de inalação. No entanto, ainda se aguardam os estudos que irão mostrar as consequências do tabagismo passivo no próprio fumante.”, finaliza.

COMPLICAÇÕES A CURTO PRAZO

Irritação das mucosas, estreitamento de brônquios e obstrução nasal em pessoas alérgicas.

COMPLICAÇÕES A MÉDIO PRAZO

Predisposição para termais infecções respiratórias e descontrole maior dos processos alérgicos.

COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO

Dados indicam que cerca de 2,6 mortes por câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e doenças cerebrovasculares ocorridas somente na população urbana do Brasil poderiam ser evitadas, a cada ano, pela prevenção do tabagismo passivo.

Fonte: Matéria veiculada no dia 04 de maio de 2015 no Jornal VS – Caderno Viver, página 9.

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