A avaliação primária é o exame que tem como objetivo avaliar, rapidamente, as funções vitais e o risco de morte da vítima. Os procedimentos realizados durante a avaliação são:
- via área,
- ventilação,
- circulação,
- incapacidade
- e exposição/controle do ambiente.
Tipos de Vítimas
Vítima responsiva
Que responde aos estímulos verbais e respira.
Neste caso, respeita-se a sequência ABC, ou seja, abertura das vias aéreas (Airway), ventilação (Breathing) e circulação e controle de grande sangramentos externos (Circulation).
Vítima irresponsiva
Que não responde aos estímulos verbais e estímulos de dor.
Deve-se observar se a vítima respira normalmente, colocando uma das mãos na parte superior do abdômen e inferior do tórax. Se o indivíduo estiver respirando normalmente, seguir a sequência ABC, caso contrário realizar a sequência CAB (Circulação, Via Aérea e Ventilação).
Abertura da via aérea – Airway
Sem histórica de trauma: colocar a mão na testa da vítima, inclinando a cabeça para trás. Posicionar os dedos indicador e médio, da outra mão, abaixo do queixo, elevando a mandíbula e com o dedo polegar tracionar o mento para baixo, mantendo a boca aberta.
Com histórico de trauma: na manobra de elevação do mento, o queixo e mento são aprendidos e elevados. Nesta técnica, o socorrista mantém a coluna cervical da vítima alinhada numa posição neutra e projeta a mandíbula, empurrando-a anteriormente. Depois, se posiciona atrás da cabeça da vítima e coloca os dedos polegares nos arcos zigomáticos (osso da bochecha) e os indicadores e médios abaixo do ângulo da mandíbula, empurrando-a para frente, sem estender o pescoço.
Ventilação – Breathing
A frequência ventilatória normal do adulto é de 12 a 20 incursões respiratórias por minuto. Frequências muito baixas interferem significativamente na capacidade de oxigenar as hemácias e de remover o CO2 produzido pelos tecidos.
Os pacientes com bradipneia (taxa de respiração mais lenta que o saudável) precisam de suporte ventilatório assistido com AMBU (respirador mecânico em forma de “balão”) e máscara, conectado à fonte de oxigênio (FiO2>0,85). Nos pacientes taquipneicos (frequência > 20), deve ser estimada a ventilação minuto (volume corrente multiplicado pela frequência respiratória).
No caso de pacientes com redução significativa do volume-minuto (ventilações rápidas e superficiais), as ventilações devem ser assistidas com AMBU e máscara, conectado à fonte de oxigênio (FiO2>0,85). Se disponível, a oximetria de pulso deve ser instalada para monitorar e manter a saturação de hemoglobina superior a 95%.
Circulação e controle de grandes sangramentos – Circulation
No traumatizado, toda hemorragia externa significativa requer atenção imediata. Para controlar o sangramento pegue um curativo compressivo feito com gaze e ataduras e faça uma aplicação de pressão direta no ferimento. Se esta técnica não controlar a hemorragia, o socorrista deve considerar o uso de torniquete. Nesta fase é importante iniciar os procedimentos de prevenção de choque hemorrágico.
Atenção!
Antes da avaliação primária, o profissional deve garantir a segurança dos socorristas e da vítima, avaliar a situação e solicitar outros recursos, aproximar e reconhecer a biomecânica do acidente e posicionar-se adequadamente (ao lado da vítima – à lateral da cintura escapular – com os dois joelhos ao solo).
*Este artigo foi retirado da Revista Emergência, disponível na Biblioteca. Referência: DICAS de emergência: avaliação primária. Revista Emergência. São Paulo: Proteção Publicações, v. 66, p. 57, set. 2014.
Excelente. Muitas vidas poderiam ser salvas, se as pessoas solbessem e seguissem esses passos. Infelizmente o Socorrista não é valorizado no Brasil.
Muito obrigada pelo feedback Eduardo. Precisamos valorizar e exaltar os profissionais da Enfermagem sempre que necessário!
Amei td, aprendi muito
Ajudo bastante vô usar com meus alunos de bonbeiros civil infantil no meu progeto
Can you be more specific about the content of your article? After reading it, I still have some doubts. Hope you can help me.