A pandemia trouxe diversas mudanças e problemas para a população, como isolamento social, aumento do desemprego, dificuldades financeiras, medo de adoecer, mortes de pessoas próximas, entre outros. Tudo isso gerou um cansaço extremo, esgotamento e sentimento de exaustão, fazendo com que os indivíduos ficassem desmotivados a seguirem os protocolos de controle da Covid-19, quadro conhecido como fadiga pandêmica.
Mas quais foram os impactos desse processo em relação aos profissionais da saúde? Leia este artigo para descobrir!
O que é a fadiga pandêmica?
Trata-se de um conceito adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para denominar questões como:
- esgotamento físico e mental provocado pela pandemia;
- preocupação em excesso com a transmissão do vírus;
- isolamentos e distanciamentos duradouros;
- instabilidade econômica;
- medo e incertezas trazidas pelo cenário;
- hipervigilância.
Soma-se a isso as emoções, experiências e percepções. Assim, muitas pessoas passaram a deixar de seguir as medidas de segurança para conter a disseminação da Covid-19, ou ficaram menos cuidadosas com a higienização das mãos, o uso de máscaras, entre outras práticas.
Além disso, esse tipo de sofrimento prolongado pode gerar insônia, ansiedade e depressão, mesmo no indivíduo que não apresenta qualquer predisposição.
Quais são os seus principais sintomas?
Entre os principais sintomas da fadiga pandêmica, estão:
- distúrbios do sono;
- cansaço exaustivo diário;
- cefaleia;
- dores musculares;
- sentimentos de incertezas;
- tristeza;
- angústia;
- aflição;
- sentimento de melancolia;
- impaciência;
- conflitos em relacionamentos interpessoais;
- instabilidade emocional;
- uso em excesso da internet;
- uso exagerado de álcool e demais substâncias.
Como a fadiga pandêmica afeta os profissionais de saúde?
Por estarem na linha de frente e mais expostos ao contágio pelo vírus, os profissionais da saúde têm um contato maior com os casos, desde os mais simples até os mais complexos, como os óbitos. Tudo isso dá a eles um conhecimento mais abrangente a respeito do cenário pandêmico.
Também vale ressaltar o fato de terem que se distanciar de seus familiares para evitar o aumento dos casos, enfrentarem esgotamento físico e metal devido ao excesso de trabalho gerado pela superlotação dos hospitais, desfalque dos colegas de equipe, já que muitos também foram infectados durante o exercício de suas atividades etc.
Sendo assim, fazem parte dos grupos dos mais susceptíveis à fadiga pandêmica. Afinal de contas, vivenciam o estresse ligado às variadas facetas do cuidado, associado ao isolamento e ao medo de contaminar pessoas próximas.
Para evitar a ocorrência desse problema, algumas ações podem ajudar. Por exemplo:
- organizar bem as tarefas do dia;
- contar com auxílio de um profissional especializado para alcançar uma melhor estrutura emocional;
- realizar algum hobby no dia de folga;
- ter momentos de relaxamento;
- saber administrar o tempo;
- conhecer os próprios limites para evitar atritos interpessoais;
- utilizar da fé para aliviar os sentimentos;
- diminuir o tempo de uso das redes sociais e realizar uma filtragem dos conteúdos;
- escolher as notícias às quais quer ter acesso, evitando fatos sobre casos graves e de morte;
- manter uma boa alimentação para encarar a rotina atarefada e adquirir bem-estar físico e mental.
Agora que você já sabe o que é fadiga pandêmica e por que ocorre, o ideal é colocar as dicas em prática. Dessa forma, vai conseguir lidar com esse momento difícil da melhor maneira e com o mínimo de impacto possível em sua saúde física e mental.
Achou este artigo interessante? Então, aproveite sua visita para entender também como os profissionais da saúde podem melhorar a saúde mental!